Entre
Pagodinho e Vandré, sou mais Vandré! Por mais estranho que pareça, este
artigo não falará de música, mas de santidade. Apenas me valerei de
duas músicas MUITO conhecidas pelos brasileiros para mostrar como elas
espelham a vida dos cristãos diante da luta pela santidade.
Quando falamos de santidade, falamos de uma guerra em andamento. E todos nós estamos nessa guerra. Como eu já disse, este
artigo não fala de música, mas de atitude diante da vida. Fala daqueles
e para aqueles que vivem sem se preocupar consigo mesmos e com quem
vive ao lado deles.
O cantor Zeca Pagodinho gravou já faz um tempo a canção "Deixa a vida me levar", em cujo refrão ele canta:
Deixa a vida me levar
(vida leva eu!)
sou feliz e agradeço
por tudo que Deus me deu.
A ideia da canção, tocada nas rádios e nos carros ad nauseam (até
à náusea, causando enjoo), é entregar-se ao destino. Entregue-se ao
destino e seja feliz. Sente-se num bar, peça uma cerveja, um petisco, e
relaxe. Deixe que a vida lhe leve para onde ela queira levar. Deixe que o
destino faça o seu caminho e lhe conduza pra qualquer lugar.
Essa
é a filosofia de vida seguida por mais da metade dos brasileiros hoje
em dia. E ainda acho que estou sendo generoso... Essa é a filosofia de
vida que o próprio Pagodinho passa para quem o admira e ouve. Enfim...
há quem goste de sua música e de seu estilo de vida.
Já Geraldo Vandré (77 anos), nascido Geraldo Pedroso de Araújo Dias, compôs uma canção na década de 60 conhecida como Caminhando, embora seu nome seja Pra não dizer que não falei de flores. O refrão desta canção diz o seguinte:
Vem, vamos embora
que esperar não é saber
quem sabe faz a hora
não espera acontecer
A
ideia da canção de Vandré, censurada pelo Regime Militar que a entendeu
como uma chamada à luta armada, era dizer que, aquele que deseja que
algo aconteça, vá e faça, e não espere que aconteça. Trata-se de um hino
contra a preguiça, contra o "sentar e esperar cair do céu" o que se
deseja.
Estas
duas canções espelham bem a situação de muitos cristãos de hoje. Como
eu disse no início, quando falamos em santidade, em luta contra o
pecado, há muita gente que acha que isso vai acontecer em sua vida do
dia pra noite. Que basta eles pedirem e esperarem que, um dia, se verão
livres do pecado. Não lutam, não fogem, pelo contrário! Se entregam cada
vez mais, esperando que Deus um dia os livre de seus pecados.
Pois bem, entre
Pagodinho e Vandré, sou mais Vandré! Quando falamos de santidade,
falamos de uma guerra em andamento. E todos nós estamos nessa guerra.
Deus
nos chamou para uma vida nova, maravilhosa. Contudo, nos exortou que
nesta vida nova teríamos inimigos, especialmente aqueles citados pelo
Apóstolo João em 1Jo 2.16 (a concupiscência da carne, dos olhos e a
soberba da vida).
Para
conseguir se ver livre dos seus pecados (ou, pelo menos, pecar menos), é
necessário que você entenda que Deus não tirará de você estes espinhos
que lhe enfraquecem. Deus não tirará o mensageiro de Satanás que lhe
esbofeteia (2Co 12.7). A graça dEle lhe basta! Lute! Avance! Não espere acontecer algo que só acontecerá na glorificação de nossos corpos! Só no céu seu corpo não será mais tentado a pecar. Por isso, lute!
É
nosso dever lutar. Sentar e chorar podem fazer parte de nossa história,
mas não devem nos acompanhar ao longo de nossa história. Se pecar,
sente-se, ajoelhe-se, confesse, chore. Mas depois, levante-se, e LUTE! O
pecado está à sua porta, mas cabe a você dominá-lo (Gn 4.7)!
Por isso, não deixe a vida lhe levar, não espere que um dia você acordará com desejos espirituais. Antes, quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Lute pela sua santidade. Deus já lhe deu tudo o que você precisa para
crescer em santidade, lutar contra o pecado e vencer! Ele já lhe deu a
Sua Palavra e o Seu próprio Espírito Santo.
Wilson Porte Jr.
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